O Instituto Biológico tem sido responsável pela condução de pesquisas visando a definição de estratégias de manejo de ácaros-praga em diversas culturas, com ênfase no uso de ácaros predadores da família Phytoseiidae.
Tem sido conduzidos estudos sobre potencial de evolução de resistência e monitoramento da resistência de ácaro-rajado a acaricidas, realizando-se coletas de populações da praga nas principais regiões produtoras de algodão, feijão, soja, tomate, mamão, uva, morango e ornamentais no Brasil.
Para morangueiro, foram estabelecidas estratégias de monitoramento e manejo de ácaro-rajado, com definição de níveis de infestação da praga, para início da aplicação de acaricidas e liberação de ácaros predadores. Estas estratégias têm sido adotadas pelo programa de produção integrada de morango (PIMo), em nível nacional. A liberação de ácaros predadores, em associação com o uso de acaricidas seletivos, tem se mostrado mais eficiente que o método convencional (com aplicações semanais de acaricidas) para o controle da praga, permitindo uma redução em torno de seis vezes na frequência de aplicação de acaricidas, sem afetar a produção de morango.
O sucesso no uso de ácaros predadores para o controle de ácaros-praga (ácaro-rajado, ácaro-da-leprose dos citros), com consequente redução no número de aplicações de agrotóxicos, também tem sido observado em outras culturas (citros, rosa, crisântemo, gérbera, orquídeas), em diversas regiões do estado de São Paulo.