DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA
Dengue: a infecção congênita não ocorre com frequência, mas é importante ficar atento a riscos como o sangramento do útero.
Chikungunya: a transmissão do vírus de mãe para filho na gravidez é incomum. Mas se a gestante for infectada no período próximo ao parto, o bebê pode apresentar sintomas da doença e manifestações graves (em até 50% dos casos). Entre os casos graves, a maioria envolve danos ao sistema nervoso central, complicações cardíacas e na pele (como bolhas).
Zika: recentemente, o aumento do número de recém-nascidos com malformações congênitas, particularmente microcefalias, tem sido associado à infecção pelo vírus zika nos primeiros meses de gestação. Essa hipótese foi reforçada ao se detectar o genoma do vírus no líquido amniótico de gestantes que tiveram contato com o zika vírus e cujos bebês foram diagnosticados com microcefalia por exames de ultrassonografia. A descoberta inédita foi feita pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Microcefalia: Condição neurológica em que a cabeça do recém-nascido é menor quando comparada ao padrão de outros bebês do mesmo sexo e idade. A microcefalia está associada a retardo mental.
CHIKUNGUNYA: FATORES QUE AUMENTAM O RISCO DE EPIDEMIA NO BRASIL
Ampla infestação pelos dois mosquitos que transmitem o vírus Chikungunya.
Os vírus Dengue e Chikungunya circulam ao mesmo tempo. Isso dificulta o diagnóstico da doença e a escolha do tratamento mais adequado.
Qualquer pessoa pode ser infectada, permitindo a rápida disseminação do vírus Chikungunya.
O vírus Chikungunya pode ficar no sangue por até 8 dias.
No Brasil, diversas espécies de macacos e mosquitos ainda não expostos ao vírus Chikungunya convivem nas áreas de mata, favorecendo o ciclo de transmissão da doença.
O vírus Chikungunya se adapta ao Aedes albopictus.
Proporcionalmente, há mais casos de febre Chikungunya do que de dengue.
O Brasil é um país grande, o que dificulta a vigilância e o acesso de grande parte dos serviços de saúde aos testes laboratoriais de diagnóstico.